sexta-feira, 6 de março de 2015

Álcool e Outras Drogas: efeitos agudos e crônicos

Para uma melhor compreensão, iniciaremos essa postagem contextualizando as drogas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, droga é qualquer substância que altera o funcionamento do organismo e que não é produzida por ele. O mesmo podemos dizer sobre as drogas psicotrópicas, que são aquelas que alteram o funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC) e podem causar dependência.
Existem vários tipos dessas drogas e, para facilitar a compreensão, elas foram classificadas, de acordo com os seus efeitos no SNC, em:
·         Drogas DEPRESSORAS: aquelas que tornam mais lento o funcionamento do SNC. Podem causar sonolência e, por causa disso, algumas dessas substâncias também são chamadas de “sedativos” ou “hipnóticos”. Várias delas, como os benzodiazepínicos e os opiáceos, são usadas com fins médicos para induzir o sono e anestesia. As bebidas alcoólicas também são consideradas drogas depressoras. Exemplos: álcool, ansiolíticos, solventes/inalantes, opiáceos ou opioides.
·         Drogas ESTIMULANTES: aquelas que aceleram o funcionamento do SNC, provocando agitação, excitação, insônia, entre outros efeitos. Exemplos: cocaína e crack, anfetaminas, nicotina.
·         Drogas PERTURBADORAS: aquelas que produzem alterações no funcionamento do cérebro, como delírios, alucinações e alteração na capacidade de discriminar corretamente o tempo (a pessoa sob seu efeito acha que o tempo passou rápido ou devagar demais) e espaço (por exemplo, não consegue discriminar bem a distância de um objeto). Essas drogas também são chamadas de alucinógenas ou psicodélicas. Exemplos: maconha, êxtase (MDMA), LSD, ayahuasca, anticolinérgicos.

Quais são os efeitos do álcool no Sistema Nervoso Central?
Logo depois de começar a beber, o álcool que existe nas bebidas alcoólicas é absorvido e, pelo sangue, chega ao cérebro e a praticamente todos os órgãos, modificando seu funcionamento. Dependendo da quantidade de álcool ingerido, os sintomas podem variar desde um estado de euforia (alegria) até o coma alcoólico ou a morte. Embora o álcool provoque um efeito estimulante inicial, ele é classificado como depressor do Sistema Nervoso Central, pois essa ação é a mais intensa e prolongada.
Veja no quadro abaixo a relação entre os níveis de álcool e os seus efeitos:
DOSE PADRÃO DE ÁLCOOL

                               EFEITOS
1 a 2

A pessoa fica eufórica, desinibida, mais sociável e falante, com sensação de prazer, de alegria (efeitos estimulantes), há uma diminuição da capacidade de avaliação dos perigos, podendo levar a comportamentos de risco, como beber e dirigir ou operar máquinas, sem condições para isso.

3 a 5

Fala “pastosa” ou “arrastada”, os reflexos se tornam mais lentos, andar cambaleante, sonolência e redução da capacidade de raciocínio e concentração.

Mais de 6

Náuseas e vômitos, visão “dupla” ou borrada, dificuldades de raciocínio, diminuição de resposta a estímulos, sonolência, podendo chegar à anestesia, insuficiência respiratória, coma e morte.


Efeitos em longo prazo
Um dos motivos pelos quais o álcool causa tantos problemas é o fato de que alguns sintomas graves só aparecem depois de vários anos de uso. É o caso de cânceres e cirrose, por exemplo. É importante conhecer alguns desses problemas para orientar corretamente as pessoas de sua comunidade. Como o etanol (o nome científico do álcool) é uma molécula muito pequena, ele atinge facilmente todos os órgãos e tecidos, causando várias doenças nas pessoas que fazem uso abusivo ou em dependentes de bebidas alcoólicas.

Recomendações
·         Não é aconselhável beber em várias situações: quando houver algum compromisso ou tarefa em que o uso de álcool possa atrapalhar ou ser inconveniente (por exemplo: dirigir, trabalhar, operar uma máquina) para enfrentar situações desagradáveis (por exemplo: quando se está deprimido, chateado, ansioso, triste ou sozinho) para fazer coisas que se consideram difíceis (isso depende muito de cada pessoa, por exemplo: falar com pessoas estranhas ou em público, abordar alguém do sexo oposto, etc.) para se embriagar (procurar conscientemente “ficar bêbado”)
·         Para evitar intoxicações, é importante: servir a bebida em forma de doses – assim é possível controlar a quantidade diluir a bebida ao invés de bebê-la pura, e beber pausadamente (bebericando) ao invés de beber tudo de um só gole (virando). Isso torna a absorção mais lenta, alternar bebidas alcoólicas com não alcoólicas, evitar beber de estômago vazio, não beber diariamente;
·         Quem tem problemas de uso excessivo de álcool deve: desenvolver atividades que sejam prazerosas, mas que não envolvam o uso de bebidas, substituir o tempo gasto bebendo por outras atividades agradáveis, evitar estar frequentemente junto a pessoas que o(a) encorajam a beber ou a se embebedar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário aqui