Para uma melhor compreensão,
iniciaremos essa postagem contextualizando as drogas. Segundo a Organização
Mundial de Saúde, droga é qualquer substância que altera o funcionamento do
organismo e que não é produzida por ele. O mesmo podemos dizer sobre as drogas
psicotrópicas, que são aquelas que alteram o funcionamento do Sistema Nervoso
Central (SNC) e podem causar dependência.
Existem vários tipos dessas
drogas e, para facilitar a compreensão, elas foram classificadas, de acordo com
os seus efeitos no SNC, em:
·
Drogas DEPRESSORAS: aquelas que tornam mais
lento o funcionamento do SNC. Podem causar sonolência e, por causa disso,
algumas dessas substâncias também são chamadas de “sedativos” ou “hipnóticos”.
Várias delas, como os benzodiazepínicos e os opiáceos, são usadas com fins
médicos para induzir o sono e anestesia. As bebidas alcoólicas também são
consideradas drogas depressoras. Exemplos: álcool, ansiolíticos, solventes/inalantes,
opiáceos ou opioides.
·
Drogas ESTIMULANTES: aquelas que aceleram o
funcionamento do SNC, provocando agitação, excitação, insônia, entre outros
efeitos. Exemplos: cocaína e crack, anfetaminas, nicotina.
·
Drogas PERTURBADORAS: aquelas que produzem
alterações no funcionamento do cérebro, como delírios, alucinações e alteração
na capacidade de discriminar corretamente o tempo (a pessoa sob seu efeito acha
que o tempo passou rápido ou devagar demais) e espaço (por exemplo, não
consegue discriminar bem a distância de um objeto). Essas drogas também são
chamadas de alucinógenas ou psicodélicas. Exemplos: maconha, êxtase (MDMA), LSD,
ayahuasca, anticolinérgicos.
Quais
são os efeitos do álcool no Sistema Nervoso Central?
Logo depois de começar a beber, o álcool
que existe nas bebidas alcoólicas é absorvido e, pelo sangue, chega ao cérebro
e a praticamente todos os órgãos, modificando seu funcionamento. Dependendo da
quantidade de álcool ingerido, os sintomas podem variar desde um estado de
euforia (alegria) até o coma alcoólico ou a morte. Embora o álcool provoque um
efeito estimulante inicial, ele é classificado como depressor do Sistema
Nervoso Central, pois essa ação é a mais intensa e prolongada.
Veja no quadro abaixo
a relação entre os níveis de álcool e os seus efeitos:
DOSE PADRÃO DE ÁLCOOL
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EFEITOS
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1 a 2
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A pessoa fica eufórica, desinibida, mais
sociável e falante, com sensação de prazer, de alegria (efeitos estimulantes),
há uma diminuição da capacidade de avaliação dos perigos, podendo levar a
comportamentos de risco, como beber e dirigir ou operar máquinas, sem
condições para isso.
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3 a 5
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Fala “pastosa” ou “arrastada”, os reflexos
se tornam mais lentos, andar cambaleante, sonolência e redução da capacidade
de raciocínio e concentração.
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Mais de 6
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Náuseas e vômitos, visão “dupla” ou
borrada, dificuldades de raciocínio, diminuição de resposta a estímulos,
sonolência, podendo chegar à anestesia, insuficiência respiratória, coma e
morte.
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Efeitos
em longo prazo
Um dos motivos pelos
quais o álcool causa tantos problemas é o fato de que alguns sintomas graves só
aparecem depois de vários anos de uso. É o caso de cânceres e cirrose, por
exemplo. É importante conhecer alguns desses problemas para orientar
corretamente as pessoas de sua comunidade. Como o etanol (o nome científico do
álcool) é uma molécula muito pequena, ele atinge facilmente todos os órgãos e
tecidos, causando várias doenças nas pessoas que fazem uso abusivo ou em
dependentes de bebidas alcoólicas.
Recomendações
·
Não é aconselhável beber em várias situações:
quando houver algum compromisso ou tarefa em que o uso de álcool possa
atrapalhar ou ser inconveniente (por exemplo: dirigir, trabalhar, operar uma
máquina) para enfrentar situações desagradáveis (por exemplo: quando se está
deprimido, chateado, ansioso, triste ou sozinho) para fazer coisas que se
consideram difíceis (isso depende muito de cada pessoa, por exemplo: falar com
pessoas estranhas ou em público, abordar alguém do sexo oposto, etc.) para se
embriagar (procurar conscientemente “ficar bêbado”)
·
Para evitar intoxicações, é importante: servir
a bebida em forma de doses – assim é possível controlar a quantidade diluir a
bebida ao invés de bebê-la pura, e beber pausadamente (bebericando) ao invés de
beber tudo de um só gole (virando). Isso torna a absorção mais lenta, alternar
bebidas alcoólicas com não alcoólicas, evitar beber de estômago vazio, não
beber diariamente;
·
Quem tem problemas de uso excessivo de álcool
deve: desenvolver atividades que sejam prazerosas, mas que não envolvam o uso
de bebidas, substituir o tempo gasto bebendo por outras atividades agradáveis,
evitar estar frequentemente junto a pessoas que o(a) encorajam a beber ou a se
embebedar.
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